APESAR de ter apenas 50 anos de idade e de gozar de plena saúde,
o socialista Vasco Franco, número dois do PS na Câmara de Lisboa
durante as presidências de Jorge Sampaio e de João Soares,
está já reformado.
A pensão mensal que lhe foi atribuída ascende a 3.035 euros (608
contos), um valor bastante acima do seu vencimento como vereador.
A generosidade estatal decorre da categoria com que foi
aposentado - técnico superior de 1ª classe, segundo o
«Diário da República» - apesar de as suas habilitações
literárias se ficarem pelo antigo Curso Geral
do Comércio, equivalente ao actual 9º ano de escolaridade.
A contagem do tempo de serviço de Vasco Franco é outro
privilégio raro, num país que pondera elevar a idade de
reforma para os 68 anos, para
evitar a ruptura da Segurança Social.
O dirigente socialista entrou para os quadros do
Ministério da Administração Interna em 1972, e dos 30 anos
passados só ali cumpriu
sete de dedicação exclusiva; três foram para o serviço
militar e os restantes 20 na vereação da Câmara de Lisboa,
doze dos quais a tempo inteiro. Vasco Franco diz que
é tudo legal e que a lei o autoriza a
contar a dobrar 10 dos 12 anos como vereador a tempo inteiro.
Triplicar o salário. Já depois de ter entregue o
pedido de reforma, Vasco Franco foi convidado
para administrador da Sanest, com um
ordenado líquido de 4000 euros mensais (800 contos).
Trata-se de uma sociedade de capitais públicos,
comparticipada pelas Câmaras da
Amadora, Cascais, Oeiras e Sintra e pela empresa
Águas de Portugal, que gere o sistema de saneamento
da Costa do Estoril. O convite partiu do
reeleito presidente da Câmara da Amadora, Joaquim Raposo,
cuja mulher é secretária de Vasco Franco na Câmara de Lisboa.
O contrato, iniciado em Abril, vigora por um período de 18
meses.
A acumulação de vencimentos foi autorizada pelo
Governo mas, nos termos do acordo, o salário
de administrador é reduzido em 50% - para 2000
euros - a partir de Julho, mês em que se inicia
a reforma, disse ao
EXPRESSO Vasco Franco.
Não se ficam, no entanto, por aqui os contributos
da fazenda pública para o bolo salarial do dirigente
socialista reformado. A somar aos mais de 5000 euros
da reforma e do lugar de administrador, Vasco Franco
recebe ainda mais 900 euros de outra reforma, por ter
sido ferido em combate em Moçambique
já depois do 25 de Abril (????????), e cerca de
250 euros em senhas de presença pela actuação
como vereador sem pelouro.
Contas feitas, o novo reformado triplicou o
salário que auferia no
activo, ganhando agora mais de 1200 contos
limpos. Além de carro,
motorista, secretária, assessores e telemóvel.
Água mole em pedra dura...
2005-11-25
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