Água mole em pedra dura...

2005-05-15

O Arquitecto




Assisti, como independente, no sábado passado à apresentação da candidatura do Arquitecto Silva Garcia, do PS, à câmara da Póvoa de Varzim. O protocolo do costume, apresentações, música, discursos com a vinda à província dos notáveis Mª de Belém, Santos Silva e Francisco Assis. Na plateia via-se de tudo: CDS(sem rosas), PSD(sem rosas), BE, CDU, independentes, artistas, intelectuais, enfim gente da Póvoa ... . A sala estva bem composta. Depois vieram as ideias... soltas: o orçamento participativo, o provedor do cidadão, os foruns de discussão etc. Tudo brilhante e a plateia empolgada com o discurso, certa da vitória.
Mas não ganha. Tinha ao meu lado sentado um homem de esquerda, mesmo! Conhecedor do terreno, experiente e que me ia ajudando a descodificar o que se ia dizendo. E a questão fundamental que ficou no ar, depois do balanço global do discurso foi a de que sem a esquerda toda unida na Póvoa de Varzim, o arquitecto não ganha e não ganhando o que irá ele fazer? Abandona a política? Se o fizer( e é o que fará), evitando o duro combate de vereador contra a oligarquia presente, descredibiliza-se junto do PS e da população e a história repete-se; se optar pela vereação da câmara, estaremos aqui para ver o belo combate que se avizinha, luta diária com problemas concretos da população, exercitando na prática as suas ideias no combate mais difícil que é estar na oposição numa autarquia. Assim preparia a sua mais que provável eleição para daqui a quatro anos. Mas este não vai ser o cenário. E ficaremos sempre a pensar de que o Arquitecto não passou de um teórico.

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